Arquivo de Diego Brzezinski - Movinmapp https://movinmapp.com.br/tag/diego-brzezinski/ Movimento Nacional de Motoristas por Aplicativo Wed, 16 Apr 2025 05:36:23 +0000 pt-BR hourly 1 https://movinmapp.com.br/wp-content/uploads/2025/03/200x200-1-150x150.png Arquivo de Diego Brzezinski - Movinmapp https://movinmapp.com.br/tag/diego-brzezinski/ 32 32 243070069 🚨 “Querem nos regulamentar sem ouvir quem vive nas ruas”: Diego Brzezinski escancara os perigos da proposta do PL 12/2024 https://movinmapp.com.br/%f0%9f%9a%a8-querem-nos-regulamentar-sem-ouvir-quem-vive-nas-ruas-diego-brzezinski-escancara-os-perigos-da-proposta-do-pl-12-2024/ https://movinmapp.com.br/%f0%9f%9a%a8-querem-nos-regulamentar-sem-ouvir-quem-vive-nas-ruas-diego-brzezinski-escancara-os-perigos-da-proposta-do-pl-12-2024/#respond Fri, 11 Apr 2025 19:57:00 +0000 https://movinmapp.com.br/?p=396 Em meio à crescente discussão sobre a regulamentação dos motoristas de aplicativo, conversamos com Diego Brzezinski, que atua na área há quase sete anos. Com experiência de sobra e envolvimento direto nos debates sobre os Projetos de Lei que tramitam no Congresso, ele compartilha uma visão crítica e fundamentada sobre o futuro da categoria. “Voltei...

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Em meio à crescente discussão sobre a regulamentação dos motoristas de aplicativo, conversamos com Diego Brzezinski, que atua na área há quase sete anos. Com experiência de sobra e envolvimento direto nos debates sobre os Projetos de Lei que tramitam no Congresso, ele compartilha uma visão crítica e fundamentada sobre o futuro da categoria.

“Voltei 100% pro aplicativo, porque é o que me sustenta”

Diego iniciou sua trajetória em 2018, e afirma que já viveu de tudo nas plataformas. Em 2024, chegou a trabalhar com carteira assinada por um período, mas em 2025 decidiu retornar exclusivamente à rotina como motorista.

“Já vai pra 7 anos que estou como motorista. Em 2024, voltei a trabalhar como CLT, mas esse ano encerrei o contrato e retornei 100% pros aplicativos.”

A regulamentação é necessária — mas do jeito certo

Para Diego, a regulamentação da atividade é fundamental, mas precisa ser pensada com responsabilidade e equilíbrio:

“A regulamentação é necessária para evitar abusos por parte das empresas. Mas ela não pode beneficiar só o governo e as plataformas. Tem que proteger o motorista de verdade.”

Ele alerta para o risco de uma regulamentação que só transfira responsabilidades sem garantir melhorias reais para quem está na ponta, lidando com os desafios da mobilidade urbana diariamente.

O PL 12/2024 é um perigo para a categoria

Diego acompanhou de perto os debates em torno dos dois principais projetos em tramitação: o PL 12/2024 e o PL 536. Segundo ele, a diferença entre os dois é gritante.

“O 12/2024 foi feito para atender as empresas e o governo. Não leva em conta a nossa realidade. Já o 536 foi construído ouvindo os motoristas. É outro nível de proposta.”

Ele argumenta que o projeto 12 pode tornar a vida do motorista ainda mais difícil, com jornadas mais longas e rendimentos mais baixos:

“A ideia de pagamento por hora pode parecer bonita, mas ignora que nosso maior custo é por quilômetro rodado. Do jeito que está, esse projeto pode colocar o motorista direto no prejuízo.”

“Somos chamados de autônomos, mas não definimos nem nosso preço”

Uma das críticas mais contundentes de Diego é sobre a incoerência na relação entre plataformas e motoristas:

“Se somos autônomos, por que não podemos definir o valor da nossa corrida? A plataforma já manda tudo fechado. Isso quebra completamente o argumento da autonomia.”

Ele ainda reforça que as plataformas possuem um poder absurdo nas mãos: o algoritmo.

“Com uma simples mudança no sistema, elas impactam milhares de motoristas de uma vez só. Por isso a regulamentação tem que ser bem feita. Senão, a gente continua refém do algoritmo.”

O Brasil precisa discutir uma “terceira via” trabalhista

Diego aponta um problema estrutural na legislação brasileira: só existem duas categorias formais — CLT e autônomo. Para ele, a regulamentação ideal exigiria a criação de um novo modelo.

“Em outros países já existe essa terceira via: o trabalhador por hora ou por meta. Aqui, o cara não quer ser CLT, mas também não pode ser tratado como autônomo e levar todo o custo sozinho. Isso precisa mudar.”

Rígida para as empresas, justa para os motoristas

Quando perguntado se a regulamentação deveria ser mais rígida ou flexível, Diego resume com clareza:

“Tem que ser rígida com as plataformas, sim. Mas justa com o motorista. A gente precisa de regras, sim — principalmente pra cadastro, comportamento, segurança. Mas não podemos aceitar um modelo que só explora.”

Considerações finais: “O motorista precisa aprender a calcular seu próprio custo”

Diego encerra a conversa com um alerta importante para toda a categoria:

“Os motoristas precisam entender quanto custa o próprio quilômetro rodado. Sem isso, não tem como saber se a corrida vale a pena ou não. E enquanto a gente não tiver voz pra precificar o nosso trabalho, essa história de que somos autônomos é só fachada.”


Se você é motorista ou acompanha de perto essa realidade, fica aqui o chamado: regulamentar é preciso, mas não dá pra ser nas costas de quem carrega o país nas ruas. A luta continua — e a discussão está só começando.


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